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Missionária conta frutos de evangelismo de surdos na África: “O Evangelho está avançando”

Missionária conta frutos de evangelismo de surdos na África: “O Evangelho está avançando”

A missionária Renata Santos de Oliveira, coordenadora da A3 (Área de Ações Acessíveis) da Junta de Missões Mundiais (JMM), compartilhou os avanços e desafios do trabalho com surdos em diferentes regiões da África. 

Em uma carta recente, Renata relatou como o Evangelho tem alcançado comunidades surdas em países como Angola, São Tomé e Príncipe e Moçambique.

“Escrevo esta carta para compartilhar os frutos do trabalho missionário entre os surdos em diversas regiões da África. Sou grata por suas orações, encorajamento e apoio constantes”, disse ela. 

E continuou: “É por meio da cooperação do Corpo de Cristo que o Evangelho está avançando entre os surdos. Interceda e agradeça sobre o que Deus está realizando em três países”.

São Tomé e Príncipe

Em São Tomé e Príncipe, Renata contou que as aulas de Língua Gestual Santomense (LGS) têm gerado frutos e fortalecido o envolvimento da igreja local. 

“A igreja local está animada e semanalmente temos novos testemunhos de transformação entre os surdos”, afirmou ela. 

Porém, a missão enfrenta um desafio urgente: a necessidade de enviar um missionário com foco exclusivo no trabalho com surdos. 

“Muitos ainda carecem de apoio para avançar tanto nos estudos escolares como no ensino bíblico”, disse Renata.

Angola

O trabalho missionário com surdos se expandiu para diversas províncias angolanas: “Atuamos em quatro frentes missionárias, cada uma enfrentando realidades desafiadoras, mas colhendo frutos visíveis”. 

Falando sobre a província de Moxico, Renata contou o testemunho da dupla missionária Vasco (surdo) e Mateus (intérprete vocacionado), que percorreu longas distâncias para levar o Evangelho. 

“Eles partiram de Huambo até a província do Moxico. Lá, foram recebidos calorosamente e iniciaram suas atividades imediatamente”, disse ela. 

Apesar de chuvas, frio e dificuldades de comunicação com surdos que nunca foram à escola e não dominam a Língua Gestual, eles testemunham o agir de Deus. 

Na província de Benguela, o trabalho se expandiu através da dupla Mário (intérprete vocacionado) e Lourenço (surdo). 

Eles enfrentam dificuldades financeiras e até assaltos, mas continuam com alegria. Eles compartilham que foram enviados por Deus para alcançar os surdos da cidade.

“Testemunham que o próprio Deus os enviou para resgatar os surdos. Ore para que Deus desperte mais vocacionados para se juntar a essa obra”, afirmou Renata.

Em Huambo, o pastor e missionário surdo Cassinda, junto com sua família, atua na evangelização dos deficientes auditivos e congrega na Igreja Batista Vida Nova. 

Com envolvimento direto com os surdos, ele tem alcançado jovens por meio de um projeto de futebol e visto frutos no discipulado e reconciliações.

“Cassinda conheceu Jó e Floriano, dois jovens surdos. Após o discipulado, Jó buscou reconciliação com um amigo, o levou à igreja e, desde então, mais surdos se aproximam da fé”, testemunhou a missionária.

Já em Uíge, que também está sob os cuidados do pastor Cassinda, o ministério com surdos precisa de fortalecimento. 

“Deus está chamando a muitos na região, porém poucos efetivamente se engajam. No curso de língua gestual, mais de 50 membros de nossas igrejas participaram, mas poucos seguiram com o trabalho em suas igrejas”, relatou Renata. 

Segundo Renata, há surdos desejando seguir Jesus, mas faltam líderes para acompanhá-los.

Na província do Bié o missionário José Manuel, relata avanços com aulas de Língua Gestual Angolana  (LGA) e estudos bíblicos aos finais de semana. 

Ele destaca a presença ativa dos surdos na Escola Bíblica Dominical e o cuidado com casos individuais, como o de um menino surdo.

Renata também pediu orações por Luanda, especialmente pela escola especial da cidade, onde crianças surdas estão sendo influenciadas por seitas: “Pedimos sabedoria para alcançá-las com a verdade do Evangelho”.

Moçambique

No norte de Moçambique, oito surdos estão sendo preparados para o batismo. 

Porém, a região ainda não conta com um missionário fixo. Há vocacionados dispostos a servir, mas a limitação financeira impede o envio.

“É uma barreira real. Oremos por provisão e pela mobilização de igrejas parceiras”. 

Por fim, Renata destacou: “Nosso desejo é, com a graça de Deus, enviar missionários surdos para novas cidades em Angola, São Tomé e Príncipe, Moçambique e até na América Latina. Conto com suas orações e sigo com fé, sabendo que não caminho sozinha”.

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